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Entenda mais sobre as vacinas para COVID-19 aprovadas no Brasil


Quase um ano após a corrida pela vacina para COVID-19 se iniciar, neste domingo (17 de janeiro) a Dicol (Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou duas delas para uso emergencial no Brasil. São elas a CoronaVac, desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac e a AstraZeneca, produzida pela Universidade de Oxford em parceria com a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).

Após a aprovação para uso emergencial, a enfermeira da linha de frente no tratamento de COVID-19, Mônica Calazans, foi a primeira pessoa a ser vacinada contra a doença no Brasil.

Cabe destacar, que desde o início da pandemia foram confirmados no mundo mais de 94 milhões casos de COVID-19 e mais de 2 milhões de mortes. Vale lembrar, que os números crescem diariamente.


Qual a eficácia das vacinas?


A CoronaVac foi testada para estudo clínico em 13.060 profissionais da saúde voluntários que foram expostos ao Coronavírus. Além disso, de acordo com os resultados obtidos na fase 3 do processo de desenvolvimento da vacina, ou seja, fase onde se comprova a eficácia da mesma no combate à doença a partir de testes realizados no público-alvo ao qual é destinada, a vacina atingiu índice de 100% de eficácia em casos graves e moderados, 78% para casos leves e 50,38% para casos muito leves. Ou seja, ao tomar a vacina, tem-se 50,38% menos de chance de se adquirir a doença, 70% de precisar de cuidados médicos caso adquira-se a doença e 100% de que a doença não se agrave.

A AstraZeneca, por sua vez, possui 70% de eficácia já na primeira dose, segundo especialistas.

(Imagem ilustrativa)


E quanto à sua composição?


Vacinas em si têm o objetivo de expor um indivíduo a um antígeno. Isto é, são compostas pelo vírus inativo ou parte dele. Desta forma, o vírus não é capaz de se manifestar, mas o corpo produz uma resposta imune e o organismo passará a produzir anticorpos com certa memória que serão capazes de inibir futuras ameaças. Entretanto, após tomar a vacina a pessoa não desenvolverá a doença, mas poderá transmiti-la.

A CoronaVac é produzida com vírus inativados do novo Coronavírus (Sars-CoV-2). Uma vez presente na corrente sanguínea o vírus é identificado pelo sistema imunológico do organismo e o mesmo desenvolve maneiras de combatê-lo de forma que sua replicação seja inviável e a pessoa não ficará doente.

Por outro lado a vacina de Oxford AstraZeneca utiliza um vetor viral não replicante, isto é, utilizam um adenovírus geneticamente modificado com uma parte do coronavírus também modificada e não infecciosa, o que garante a produção de anticorpos.

Além disso, referente aos efeitos colaterais das vacinas não há relatos de reações adversas graves até o momento, apresentando somente sintomas leves como dor no local da injeção, fadiga e febre baixa.


Fases da Vacinação no Brasil:


O programa de vacinação brasileiro apresenta cinco fases e divide toda a população em grupos distintos. Além disso, convém ressaltar que cada pessoa terá que tomar duas doses da vacina em datas que serão estabelecidas pelo próprio governo.

A primeira fase visará os profissionais da saúde, idosos com mais de 75 anos, pessoas de 60 anos ou mais que vivem em instituições de acolhimento, população indígena aldeada em terras demarcadas e comunidades tradicionais ribeirinhas.

Já na segunda fase, serão vacinadas as pessoas de 60 a 74 anos, além dos presos e agentes carcerários.

Na terceira fase do programa de vacinação brasileiro, as pessoas cujos problemas de saúde podem agravar o quadro da COVID-19 e também os moradores de rua serão vacinados.

A quarta fase abrangerá os trabalhadores da educação, membros das forças de segurança, trabalhadores do transporte coletivo e transportadores rodoviários de carga. A quinta e última fase, será para os grupos que não são prioritários, ou seja, todas as pessoas que não se enquadram em nenhuma das fases anteriores.

(Imagem ilustrativa)


Além disso, mesmo após a vacinação, os cuidados adquiridos no início da pandemia como uso de máscara, álcool em gel e distanciamento social devem ser mantidos até que os resultados práticos da vacina possam ser observados, o que levará alguns meses.

É relevante lembrar, que a vacinação é de extrema importância. Muitas doenças deixaram de ser um problema de saúde pública no Brasil e no mundo graças à vacinação em massa.

Além disso, as vacinas são testadas, avaliadas e aprovadas por diversas instituições, como por exemplo a ANVISA no Brasil, ou seja, uma vacina só passa a ser produzida e comercializada depois de obter o registro sanitário da ANVISA, que além de avaliar documentos técnicos, verifica a segurança e eficácia da vacina. Destaca-se que mesmo após esse registro, a vacina continua a ser monitorada a fim de garantir sua segurança. Entre em contato conosco para mais informações!
 

Graduanda em Química Bacharel

Assessora de Relações Públicas

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