Sabe-se que a matéria-prima da cachaça é a cana de açúcar, ou seja, a cachaça nada mais é que o caldo de cana fermentado e destilado.
Durante o processo de fermentação, microrganismos são adicionados ao caldo, estes por sua vez quebram as moléculas de açúcar transformando-as em moléculas de álcool. A destilação é uma das últimas etapas do processo de fabricação da cachaça e ocorre em um alambique de cobre, o que promove a contaminação do produto.
Muitos não sabem mas, o cobre trata-se de um mineral essencial para o organismo, ele auxilia no bom funcionamento de várias enzimas, na formação de células sanguíneas e até mesmo na formação de tecidos conjuntivos, sendo importante para a produção de melanina, diminuição de problemas cardíacos e aumento da imunidade porém, se a concentração deste no organismo for muito elevada podem surgir sintomas como febre, diarréia, náuseas, dores abdominais e até doenças mais graves.
Por outro lado, a doença hereditária de Wilson provoca o acúmulo de cobre no organismo, o que desencadeia uma série de problemas de saúde, sem conseguir eliminar o cobre de maneira adequada, este mineral é depositado no cérebro, fígado, rins e outros órgãos, levando à doenças como Alzheimer, artrite reumatóide, esclerose, epilepsia e em casos mais graves pode levar à morte.
Exemplo de material de cobre com superfície verdete
A contaminação por cobre se dá porque os destiladores acumulam em suas paredes verdete (camada esverdeada que se forma em superfícies de cobre) que é solubilizada na cachaça. Vale ressaltar, que de acordo com o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) o limite máximo de cobre em cachaça é de 5,0 mg L-1.
Como é realizada a determinação deste mineral na cachaça?
A determinação de cobre em cachaça se dá por métodos espectrofotométricos, neste caso, mais especificamente, pela espectrometria de absorção atômica com chama (FAAS - Flame Atomic Absorption Spectrometry), essa técnica consiste no princípio da absorção de radiação ultravioleta por parte dos elétrons.
Um átomo ao receber energia externa, faz com que os elétrons sofrem uma transição eletrônica atômica ou, salto quântico, que nada mais é que a mudança do elétron da camada em que está inserido para uma camada mais externa, sendo assim, na espectrofotometria de absorção atômica com chama, a energia recebida retorna para o meio. A chama tem a finalidade de transformar íons e moléculas no seu estado fundamental.
O método espectrofotométrico de absorção atômica por chama fornece excelentes resultados, além de ser uma técnica de baixo custo.
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Tendo em vista o quanto o cobre pode ser prejudicial à saúde, fica claro a importância de determinar o nível deste mineral nas cachaças industriais e artesanais, pois assim é possível certificar-se de que o produto que você consome não contém níveis elevados e que ultrapassem o limite máximo estipulado pelo MAPA. Dessa forma, não exite em entrar em contato com a Atom Jr. e solicitar nossos serviços.
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